FIQUEM A VONTADE PARA CRITICAR.

Os textos são feitos e postados, sem nem um tipo de correção ou releitura. Pensei, escrevi, postei.
Bem vindos!!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um entre milhões.

Passar no vestibular é o desejo de muitos jovens, mas claro que não supera o número dos que nem sabem se quer o que isso significa. Depois de ter passado por esse árduo processo que é o vestibular, questionamentos tomam conta do meu coração e me levam a escrever mais este texto que parece mais um paradoxo com relação ao anterior, onde partilhava a minha felicidade ao ser aprovada.
Motivo de alegria para poucos que conseguem o feito e tristeza para a maior parte que não consegue adentrar os “nível superior” .Essa é a realidade de milhares de jovens e adultos que desejam ingressar em uma universidade pública Brasileira, seja ela federal ou estadual.
E essas afirmações são baseadas na concorrência do vestibular 2011 da UNEB como exemplo, no curso de psicologia , acredito está mostrando a realidade de todo o Brasil. Foram 3.061 inscritos para 46 vagas, uma média de 69,57/1, isso significa que 3.017 pessoas adiaram um sonho, injustiça total, afinal é um direito de todos, mas pouquíssimos usufruem. È necessário muita força de vontade e coragem de fazer renúncias para ver o nome listado junto aos aprovados.
Ao meu ver o mais incrível, é que por ser público, deveria ser para todos e principalmente para os menos favorecidos, afinal o próprio nome já releva.
È universo cheio de contradições, quem é filho de rico e tem condições de estudar em boas escolas particular, ao concluir o ensino médio faz de tudo para entrarem nas instituições públicas, já quem fez parte desta precária rede pública, em sua grande maioria, aderem um ensino particular, que espelham se pelo pais inteiro em um ritmo que só não superam as empresas que fazem empréstimos para os inocentes aposentados - a juros altíssimos, assaltando sem agressão física - e estas são conveniados com o estado, no qual os representantes criam programas como o prouni e o fies para colocar a massa no nível superior e restringir a sua entrada onde desejam que seus filhos e netos estejam, nas públicas por toda a tradição.
É urgente e necessário uma nova educação, onde jovens e adultos tenham os mesmo direitos e não sejam mais, um entre milhões.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Eu passei


Há alguns dias atrás, partilhava aqui no blog com os seguidores e leitores a minha angustia e medo frente aos vestibulares que iria me submeter, o título do texto “ Desabafo” revelava como estava o meu coração. Hoje com boas notícias, saudade de postar, questionamentos e mais medos, volto para partilhar.
Foram 8 meses de muito estudo, estresse, provações...Deixei casa, família, amigos e comunidade e me joguei em algo que no momento era o meu sonho: PASSAR NO VESTIBULAR.Foram renuncias, noites em claro, lagrima, “fome”, e muitos livros.Saudade, solidão, foram fieis companheiras, mas com a graça de Deus conseguir canalizar todas para alimentar o meu desejo de momento.
Dois vestibulares, uma para UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) e outro para a UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA), além do ENEM. Fiz as provas ao final de 2010 e agora só me restava aguardar os resultados.Os dias pareciam agora mais vagarosos, uma mistura de medo e esperança envolviam o coração.
Eis que chega o dia do resultado de um deles, eu sentada em uma cadeira de uma barraca de pastel em Uberlândia – MG, atendo celular e do outro lado uma voz que sempre torceu por mim ( Gil) : -Parabéns você passou na UNEB.Acho que assustei a todos os clientes da barraquinha com o meu grito: EU PASSEI ( preso a um ano), não conseguia acreditar e todos os parentes a minha volta festejavam, principalmente a minha mãe que me beijava, sei que alguns deles nem sabem o que isso significa.
Poucos dias depois o resultado do SISU ( sistema de seleção unificada) e meu nome estava estampado mais uma vez naquela restrita lista, aprovada na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Com a sensação de dever cumprido, ainda ansiava o resultado da “temida” federal da Bahia. MSN, Orkut e blog ficaram no segundo plano ao ligar o computador, o link da UFBA estava como página principal. Estava confiante após ter siso aprovada na primeira fase, mas como a segunda era subjetiva o meso rondava a mente.
Ouvir gritos na rua, meu coração palpitou e a primeira reação foi olhar o site, não conseguia acreditar, abria e fechava, lia e relia várias vezes para ter certeza que era o meu nome naquela desejada lista, e sim era o meu nome.Gritei, chorei, pulei, assustei a minha pequena sobrinha que olhava para mim, sem saber o que fazer , liguei para a minha mãe, mas eu não conseguia falar ao celular, só chorava ( coitada quase tevê um treco), até soltar o grito mais uma vez de: EU PASSEI.
As três aprovações foram para psicologia e a minha opção foi pela UFBA. Dia 14 de março, começa uma nova fase da minha vida.

domingo, 28 de novembro de 2010

Em tempos de Natal.

Ao andar nas ruas, já se percebe a grande expectativa para o final do ano que se aproxima. Pesquisa de preços, escolha de presentes, ansiedade para o aumento nos lucros, oportunidade de um emprego (mesmo que temporário), planos para viagens e reencontros, muita luz, muita cor, árvores de natal gigantescas, arrumação da casa, preparação para a ceia, Papai Noel por toda parte encantando jovens e adultos, etc.
Diante de toda esta preparação, neste final de semana fui desafiada a repensar o natal, olhando para o passado, presente e futuro. Pude notar que em toda a minha vida, esqueci ou não aprendi a celebrar quem verdadeiramente é o homenageado: Jesus que veio na simplicidade de uma criança, anunciar a boa nova.
O meu coração inquietou – se, é incrível como nos deixamos levar sem pensar em nossas atitudes, as vitrines com colorido encantador, ruas e casas cheias de luzes, tudo para chamar nossa atenção e desviar o olhar para aquele que realmente é o motivo maior da celebração do Natal.
Na noite de natal, mesas fartas, família reunida troca de presentes, como realmente se celebra a vinda de alguém especial, mas a celebração é tão grande que nos esquecemos do celebrado. É como preparar um aniversário e o aniversariante ser esquecido.
Na minha vida, o ano novo sempre foi mais celebrado que o natal, e só hoje percebo a contradição, o ano é novo pelo calendário civil termina dia 31 de dezembro e dia 01 se inicia um novo ano, mas o divisor da história, a novidade, o recomeço chega antes: no Natal.
O meu desejo e que o meu coração e o de todos sejam uma manjedoura, que na simplicidade aconchegante receba sem restrição o senhor da vida.
O meu desafio e pedido e que não coloquemos Papai Noel, criado para atender os interesses dos grandes donos do capital, no lugar daquele que é verdadeiramente motivo maior da festa das nossas vidas.