FIQUEM A VONTADE PARA CRITICAR.

Os textos são feitos e postados, sem nem um tipo de correção ou releitura. Pensei, escrevi, postei.
Bem vindos!!!

domingo, 28 de novembro de 2010

Em tempos de Natal.

Ao andar nas ruas, já se percebe a grande expectativa para o final do ano que se aproxima. Pesquisa de preços, escolha de presentes, ansiedade para o aumento nos lucros, oportunidade de um emprego (mesmo que temporário), planos para viagens e reencontros, muita luz, muita cor, árvores de natal gigantescas, arrumação da casa, preparação para a ceia, Papai Noel por toda parte encantando jovens e adultos, etc.
Diante de toda esta preparação, neste final de semana fui desafiada a repensar o natal, olhando para o passado, presente e futuro. Pude notar que em toda a minha vida, esqueci ou não aprendi a celebrar quem verdadeiramente é o homenageado: Jesus que veio na simplicidade de uma criança, anunciar a boa nova.
O meu coração inquietou – se, é incrível como nos deixamos levar sem pensar em nossas atitudes, as vitrines com colorido encantador, ruas e casas cheias de luzes, tudo para chamar nossa atenção e desviar o olhar para aquele que realmente é o motivo maior da celebração do Natal.
Na noite de natal, mesas fartas, família reunida troca de presentes, como realmente se celebra a vinda de alguém especial, mas a celebração é tão grande que nos esquecemos do celebrado. É como preparar um aniversário e o aniversariante ser esquecido.
Na minha vida, o ano novo sempre foi mais celebrado que o natal, e só hoje percebo a contradição, o ano é novo pelo calendário civil termina dia 31 de dezembro e dia 01 se inicia um novo ano, mas o divisor da história, a novidade, o recomeço chega antes: no Natal.
O meu desejo e que o meu coração e o de todos sejam uma manjedoura, que na simplicidade aconchegante receba sem restrição o senhor da vida.
O meu desafio e pedido e que não coloquemos Papai Noel, criado para atender os interesses dos grandes donos do capital, no lugar daquele que é verdadeiramente motivo maior da festa das nossas vidas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Desabafo


Estamos a uma semana no Enem, menos de 15 dias para o vestibular da UFBA e pouco mais de um mês para o vestibular da UNEB. Me refiro aos exames que irei me submeter, e mais uma vez uma mistura de sentimentos: medo, ansiedade, angustia, impotência, estresse, inquietação, etc, etc.
São sentimento que somente quem é pré - vestibulando entende, e se você como eu já vivenciou a experiência de perder uma vez nos vestibulares, sabe que a cobrança é maior, principalmente quando se viveu um ano da sua vida, dedicando – se simplesmente ao VESTIBULAR.
Já posso vê tudo de novo e ouvir as perguntas: “como foi o vestibular”?, “gostou?”, e a pior “o resultado já saiu?”. Hoje o desespero aumentou, resolvendo questões notei que não sei nada, o arrependimento de não ter estudado ainda mais vira grande companheiro. Haaaaaaaaa chega logo vestibular.
Ainda trago preso na garganta o grito de: - EU PASSEI. Espero que esse ano consiga solta-lo, e me livrar deste martírio.
Faço uso dessas palavras para partilhar com milhões de vestibulandos, que esse sentimento é nosso.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010



Para começo de conversa,um poema.

O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato

O bicho, meu Deus, era um homem.

Não sei qual foi à inspiração do poeta Manuel Bandeira ao escrever, mas ontem tive a triste e dolorosa experiência de ver esse poema se concretizando a minha frente...
Eram duas pessoas, em meio a um amontoado de lixo, ingerindo desesperadamente o que vinha pela frente, elas não me viram, assim como não são vistas por nós.
Não sei explicar bem o meu sentimento naquele momento, vontade de gritar: - Parem com isso. Hipocrisia, Hipocrisia... Até parece que resolveria a situação. Eu com minha barriga cheia, indo para casa após mais um dia, e tendo uma cama macia, um teto, amigos, famílias, é fácil olhar para aquela situação e olhar, com olhos de quem não tem idéia do que é sentir fome.
E você sabe o que eu fiz ? Nada, passei direto, comovida com a situação, mas comoção não enche a barriga de ninguém.
Estas poucos palavras são uma forma de minimizar o peso na consciência, de alguém que fica indignada com as injustiças, mas não faz nada para melhorar a situação.
E você tem feito algo para mudar o que não te incomoda?

domingo, 15 de agosto de 2010

TV ao vivo


Sexta – feira, 13 de agosto de 2010, 22:00 horas, e eu, assim como milhares de brasileiros de volta para casa, utilizando o precário transporte público. È visível na reflexão dos olhos, muito medo, após uma semana de trabalho e muito estudo, o que todos nós mais queremos é chegar em casa, em segurança.
O ônibus é uma população, vai muito além de transportar pessoas de lado a outro, com um olhar mais apurado é visível uma diversificação de culturas e costumes. A maioria dos passageiros não escondem o cansaço, e buscam a forma mais confortável de tirar um cochilo, uns lêem, outros ouvem musica, outros ainda usam esse momento para conhecer gente nova. E la vamos nós de ponto em ponto, uns entram, outros saem, levando consigo uma grande mochila de medos, sorrisos, pessoas, sonhos; enfim, suas histórias de aventura, amor e terror.
Eu como típica jovem do interior na cidade grande não desgrudo os olhos da janela, forçando os olhos para que fiquem abertos, e as cenas dos filmes e os noticiários dos jornais agora são visto “ao vivo e a cores”, sim, vou deixando para trás muitos jovens que só essa altura da noite vão ganhar seu sustento, meninas bonitas, arrumadas que tem em suas mãos bolsas leves, que rodam sem direção, assim como suas vidas.
As idades dessas jovens? Cadê suas famílias? É a única opção? Será que voltam para casa?.Perguntas as quais não tenho resposta, mais ainda doe em mim aquela imagem, que teimam em ficar em minha memória.
Andando mais pouco engarrafamento, é as 23 horas engarrafamento, verdadeiro caos, até eu chegar no meu destino final,desço do ônibus que agora segue seu trajeto movimentando vidas. E as cenas não chegam ao fim, agora são crianças dormindo dentro de sacolas plásticas e em seus rostos uma inocência de quem, mesmo assim, não deixa de sonhar.
Foi muita coisa para uma noite só, e quando volto a fita em minha memória, me sinto um lixo de ser humano, por compactuar com esse sistema que exclui e segrega. Hoje estou aqui em casa, com uma cama confortável, um teto sobre a cabeça e um mundo a minha frente, e esses seres humanos que observei sexta - feira como será que estão? Até quando vão viver assim? Será que um dia suas vidas irão mudar? O que fazer para ajudar?. Sinceramente não sei...
...as lagrimas caem...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aos amigos!


É impressionante olhar para a minha história e ver como Deus atua nas pessoas que entram em minha vida, muitas pegam um pouquinho de mim e levam consigo, outras deixam muito em mim, as que saem eu chamo colegas, e as que ficam chamo de AMIGOS, com esses é um amor mútuo, me entrego, me preencho ao mesmo tempo sem saber explicar.
Muitos estão em minha vida a pouco tempo, outros sempre estiveram comigo ( longe ou perto). Entraram em minha vida de formas diferenciadas: por um sorriso, um empréstimo, uma duvida, uma sala de aula, uma batida na rua, um grupo jovem, uma viagem...
Se questionada da quantidade, sinceramente: não sei. Para definir em uma palavra: não tem como, afinal não conseguimos exprimir aquilo que é dom do Senhor.
Me questiono agora, sobre o que seria de mim, sem as palavras, os abraços, os sorrisos, a presença..., como teriam sido aqueles momentos de dor, em que faltam as palavras, mas a certeza do carinho e compreensão acalma o coração da gente. E aqueles momentos de alegria, que não seriam tão intensos sem um amigo para compartilhar. È meu amigo, quantas coisas.
Não sei você, mas eu e meus amigos rimos de coisas que somente nós achamos graça, paramos alguns momentos olhando para o outro e não precisa de palavras para falar o que pensamos, perdemos tempo admirando coisas que se observadas quando estamos sozinho não tem tanto sentido, estamos cheios de coisas para fazer e ficamos presos ao MSN falando de coisas que ambos já sabem e nem vemos o tempo passar, há sem contar que as vezes passamos horas e horas juntos e ao abrir o MSN e ver o outro on-line ainda temos assunto.
Obrigado, Pai, pelo Seu infinito Amor que me desconcerta. Louvado seja o Senhor por demonstrar em cada amigo que o Seu Amor nunca me abandona e sempre me surpreende. Como alguém que não sabe o que dizer ao ganhar um presente eu afirmo: não mereço, mas agradeço com todo o meu coração.

sábado, 3 de julho de 2010

Festejos juninos.



Eis que se aproxima São João, para alguns, época de descansar, para outros período de muito trabalho que renderá o necessário para se manterem o resto do ano, outros ainda momento de muita festa, muito frio, licor, amendoim, milho, canjica, etc. Para mim tudo uma mistura de tudo isso e mais ainda, hora de após mais de 3 meses visitar a minha casa abraçar e ser abraçada por meus familiares, amigos e conhecidos.
Passei toda a primeira quinzena do mês de Junior em contagem regressiva, não via à hora de chegar o momento de voltar em casa, as malas arrumadas com antecedência (uma semana), não queria esquecer nada, mas o que na verdade mais pesava era a saudade que levo comigo.
Rodoviária cheia, pessoas apressadas que pareciam que como eu não via hora de embarcar, eis que o ônibus parte, meu coração palpita, uma ansiedade incontrolável, tento dormir para a hora passar mais depressa, mas acordo e nada, então começo a observar pela janela, as paisagens que passam apressadamente, muitas formas de vida vou deixando pela estrada.
Na mente começa a passar um filme da minha vida, recordações que me motivam a voltar e continuar buscando a realização dos meus sonhos, que por vezes parece – me mais o anseio pela felicidade das pessoas que amo.
Que alegria sentir o cheirinho bom da minha terra, observar as ruas que foram testemunhas das minhas aventuras infantis, olhar para os lados e ver apenas rostos conhecidos, e ao olhar atenciosamente ver o brilho no olhar da minha mãe que ansiosa me espera.
No meu ser uma vontade de gritar e ver todo mundo de uma só vez, ao chegar em casa meu sinto o cheiro de roupa limpa, casa arrumada, comida no fogão, e sei foram horas de trabalho árduo a espera da filha que volta em casa, apesar do cansaço daquele dia meus pais estão radiantes e eu eufórica. Meu quarto do mesmo jeito que deixei tudo em seu lugar brilhando, e varias presentes espalhadas pelas gavetas vazias.
Fui às festas que pude ir vir os amigos que conseguir ver, gastei a energia que pude, mas foi só uma semana, que mais pareceu um fim de semana, as malas agora só são arrumadas na ultima hora, Enfim, tenho que voltar, pós a rotina me espera, e a busca das minhas realizações não dão tréguas.
Mais uma vez com as lagrimas a rolar entro no ônibus, com as malas um pouco mais leves das saudades que matei, e fica a expectativa da próxima visita, que espero durar mais.
No próximo texto, tenho novidades!!!

domingo, 30 de maio de 2010

Liberdade???



Olhando o dicionário encontramos no mínimo 12 verbetes para a palavra LIBERDADE, citando apenas um “Poder de agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas”, mas mesmo assim ainda não conseguir compreender o que verdadeiramente é Liberdade.
Sonho e fico tentando imaginar como é se sentir livre, talvez uma utopia, talvez algo relativo, talvez, talvez, talvez...
O que me intriga é que facilmente conseguimos visualizar a falta de liberdade, seja no escravo da Roma antiga, dos servos no feudalismo, nos escravizados de hoje, no “delinqüente” que esta encarcerada, nas pessoas que vivem sobre regimes ditatoriais, dos famosos, nas pessoas que vivem presas a outras sem perspectivas de mudanças, etc, etc.
Mesmo assim ainda não conseguir definição, e como jovem no século 21, e utilizando do discurso de que escravidão é o oposto de liberdade, sinto que sou escrava de muitas coisas, hoje já corriqueiras e que estou tão envolvida, que perdi a sensibilidade de sentir que me escravizam, sou escrava do espelho, dos meios de comunicação, da tecnologia, dos cosméticos, do padrão de vida dos estadunidenses, das concepções de que é preciso melhorar sempre de vida, financeiramente, ( e se não fosse não teria deixado casa, família, amigos pra embarcar em uma viagem por mares desconhecidos).
Engraçado, é que por participar de uma religião e ter algumas atitudes que a maioria dos jovens não vem como motivadora de prazer, logo acham que sou totalmente sem liberdade, que sigo regras rígidas e arcaicas, mas sinceramente nem um das minhas atitudes enquanto jovem cristã me fora imposta por alguém, foram mudanças que aconteceram e continuam a acontecer de forma natural e espontânea, acontecendo em paralelo com minha forma de vê o mundo, mas ainda tem muita coisa a ser mudada,
Enfim, encerro essas poucas com palavras, com o coração sedento de um dia vê as pessoas vivendo livremente e de ser livre.

Diário de uma vestibulanda.


Após alguns meses, enfim tenho coragem de falar sobre algo que tanto me fez sofrer, esses últimos dias tenho conseguido levantar após a frustração e olhar para frente sonhando e tentando aprender com o que não deu certo na ultima vez.
Não poderia ser diferente, passei 13 anos de minha vida me dedicando e enquanto ia crescendo comecei a sonhar e também a ser a incentivada e regar esse sonho, é, estou falando do VESTIBULAR, que nos faz mergulhar em um mundo de interrogações.
Primeiro tive que ouvir, que os meus colegas, que estudei a anos, eram meu concorrentes, esquecendo – se de que eram também meu semelhantes, e ai não faltava pressões no ensino médio, a cada dia saiamos da escola com a certeza maior de que era necessário “PASSAR NO VESIBULAR”.
Abrem então as inscrições e vem mais duvidas, que curso fazer?; tenho certeza que quero isso, mas esse aqui a concorrência ta mais baixa, e agora?; e se eu passar será que vou ter coragem de sair de casa e ir morar lá?; duvidas, duvidas, duvidas. Mas então passou essa fase me decidir, mesmo não concorrendo em todas as universidades para o curso que desejo.
O tão sonhado dia do vestibular chega, e foram 3, uma dor de barriga, as pernas tremulas, o coração palpitante o cérebro a mil, e chega o momento você e aquele papel cheio de símbolos, e mais uma vez, “ e se eu não passar?”, comecei a sentir raiva, afinal já tinha ouvido falar sobre aquelas questões e não sei bem se por culpa minha ou de todo um sistema educacional, não conseguia lembrar, mas enfim chegou o fim, normalmente três dias na mesma angustia.
Voltando pra casa não conseguir me conter e chorava desesperadamente e a única coisa que consegui falar mais uma vez: - E se eu não passar?, então conforto, meu pai que sofria comigo naquele momento me diz algo que jamais esquecerei, ele que normalmente não fala nada, me diz : - filha se você não passar nós da sua família continuaremos aqui do seu lado, te amando...
Então chega o dia do resultado, que momentos complicados, eu enfrente ao computador ansiosa, o site demora de carregar, afinal milhões de pessoas estão na mesma expectativas que eu, procuro, procuro e nada de meu nome, decepção. Mas calma ainda faltam 2, chega mais um dia e o resultado é o mesmo, mas uma vez decepção, e a esperança se concentra no ultimo, e pra minha surpresa, nesse fui bem, meu nome pelo menos apareceu na lista do remanejados, mas meu nome não saiu do papel.
É, e agora o que dizer as pessoas que apostaram em mim?, como andar na rua e ouvir a toda hora, “já saiu o resultado”, e você só precisar dizer sim, as pessoas vem em seus olhos o que querem saber, até você fazer seu coração entender isso não é fácil, mas quando ele entende, aceita, demora um pouco, mas se pensar um pouquinho no sonho, ter definido o que se quer, é possível levantar a cabeça e continuar sonhando, mesmo correndo o risco de viver tudo mais uma vez.

domingo, 9 de maio de 2010

Quem é para você?

Hoje me deparei com o seguinte questionamento: - Quem é esse Deus que eu acredito, que amo e que tento seguir?.Questionamento que normalmente não nós fazemos, talvez por medo de não encontrar a resposta ou por que criamos para nós um “Deus” da forma que achamos que ele tem que ser.
E após alguns instante consigo descrever, que o Deus ao qual amo é o que veio até nos, em Jesus.
Acredito que não ia querer me aproximar dele a cada dia, se tivesse continuado o vendo com o conceito aprendido quando criança, de um Deus distante, no céu, que fez tudo, e iria me castigar quando as minhas atitudes não eram aceitas pelos adultos; se ele fosse apenas um idealizador, que vive no céu, e da direcionamentos sem vim até a terra e sentir o que realmente acontece.
Ao longo dos anos comecei a ouvir um outro conceito, de um Deus que morava no meu coração, e na minha inocência não conseguia de forma alguma colocar alguém tão grande dentro do meu coração.E crescendo mais um pouco, nem um desses conceitos me pareciam atrativos.
Hoje o que verdadeiramente me encanta é a experiência divina revestida em carne humana, é um Deus que veio até nós indo na conta mão de uma sociedade individualista, em que o ser é, pelo que tem. Um Deus que se “anulou” apresentando se como filho e passou pela experiência humana de forma tão bela que dividiu a historia em antes e depois de sua vinda, um Deus que em sua simplicidade brilhou, como jovem amigo, filho, festeiro, rebelde, mensageiro, psicólogo, professor, etc.
E a cada dia que passa as suas muitas dimensões parecem ficar mais claras, e começo a entender muito do que ouvia, mas não conseguia interpretar, pós existem coisas que realmente só são entendidas quando sentidas.
Acredito que a cada nova experiência temos a oportunidade de encontrar – se com Deus, cada pessoa que esta presente em nossa vida, afinal somos feitos a sua imagem e semelhança, basta estejamos abertos e atentos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Como é triste se sentir só.


Hoje mais que qualquer outro dia pude sentir um pouco do que sente as pessoas que vivem sozinhas, que vivem esquecidas por seus familiares em qualquer lugar, sem amigos, sem uma palavra de conforto, como a falta dessa série de elementos, faz qualquer coisa parecer o fim.
Eu como a maioria das pessoas, sempre acho que as coisas podem acontecer com qualquer um menos comigo, pós bem, hoje mudei esse conceito, tive uma atitude irracional; senti uma simples dor de cabeça, como de costume precisava tomar algum remédio, qualquer um, e como não tinha nada na bolsa pedi emprestado, e sem nem mesmo vê o nome tomei, a dor de cabeça foi aliviada, porém o meu corpo começou a responder a essa ato irresponsável, começou por uma simples bolhinha no braço que as poucos se espalhou por todo o rosto, formando uma vermelhidão chamativa, e uma queimação que me incomodava por todo o corpo, então comecei a ouvir : - Seu rosto esta vermelho, muito vermelho.E expressões faciais que ao mesmo tempo queriam me acalmar mas que não conseguia esconder o susto do que os olhos observavam. Começou a incomodar mais e mais, e como se tivesse em minha terra a primeira atitude foi ir para casa ao encontro de minha mãe que com certeza saberia o que fazer, mas então ao chegar em casa lembrei, minha mãe não estava ali, meus amigos não estavam ali, não tinha ninguém, e ao me olhar no espelho nem conseguia vê o que de fato tinha em meu corpo, o pensamento que me vinha era simplesmente “ estou sozinha, vou morrer aqui sozinha”, deitei – me e só conseguir pedi a Deus que me desse o seu colo naquele momento, após alguns minutos, ainda com muito medo, vi que estava espalhando cada vez mais, então liguei para minha amiga, a única pessoa que poderia esta presente comigo e então ela me mostrou luzes, entrou em contato com outra pessoa que me ligou preocupada, e só depois desse momento comecei a melhorar, agora não me sentia mais sozinha, tinha certeza de que essas 3 pessoas estavam comigo.
Agora estou muito bem, após receber visita parecia que não tinha acontecido nada, então comecei a refletir como é difícil se sentir sozinho, no meu caso foi um simples e difícil momento, e as pessoas que vivem sozinhas, sem carinho, sem proteção?, sem duvidas vão se esvaziando a cada acontecimento que não tem com quem contar. Como a nossa mente quando não é controlada é perversa conosco, eu sábia que tinha com quem contar, mas no momento não me controlei, e imagino agora quem não tem essa certeza, como deve ser difícil.
Que grande desafio, fazer com que todas as pessoas se sintam amadas e não se embaracem nos laços que nossa mente faz, e Jesus bem que já tinha tentado me mostrar isso em suas palavras na bíblia, mas porém só agora pude compreender a importância de se sentir amado e acolhido.
Há e não posso esquecer, NADA DE TOMAR RÉMEDIO, POR FAZER BEM A UMA AMIGA OUVISINHA, cada corpo é um corpo, e você pode assim como eu descobrir que as coisas também podem acontecer com você.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Óculos escuros


Chega com seus óculos escuros, sendo observado por mais de 50 pessoas, todas na expectativa de ouvir a sua voz.Ele começa a escrever no quadro e todos ansiosos para saber como ele é. Então a aula começa e da sua boca saem palavras de uma simplicidade que envolve a todos, vezes palavrões, que aqui é culturalmente utilizado.
Já se passaram alguns minutos, e a aula envolvente, eu na expectativa que tire aqueles óculos escuros, a aula continua, todos aprendendo com os seus exemplos que faz a sala cair na gargalhada, mas os óculos escuros parecem fazer parte da atração. Então chega ao fim mais uma aula dessa figura ilustre e na minha cabeça continua a |curiosidade em saber sobre aqueles óculos escuros, mas não foi dessa vez que descobrir.
Começa mais uma semana e a expectativa entre muitos é para assistir aquela aula que brinca com as palavras e nos faz aprender. Ele chega mais uma vez, com seu super astral para mais uma aula e os óculos escuros, agora parece - me fazer parte do seu corpo, continuam fixos e mais uma aula se inicia, todos sorrindo e aprendendo, aprendendo e sorrindo e eu continuo no meio da sala, meio escondida a observar esses óculos que tanto me incomodam, Hoje fui mais ousada, comecei a imaginar, fantasiar a importância daquela peça, comecei a juntar algumas de suas palavras e formular uma explicação.
Não tenho direito de querer saber tanto assim da vida de alguém, mas também não consigo conter a minha curiosidade, os incômodos óculos escuros agora revelam - se como um protetor, que esconde uma historia, uma vida sofrida de muitas quedas e vitorias, ( prestando atenção em algumas de suas palavras), os óculos escuros hoje são para mim como uma cortina que observo ansiosa para vê o que tem por trás.
Como queria ter coragem de perguntar o porquê da presença daquele instrumento, daquela membro do corpo.
Andando na rua e vendo alguns seres humanos mendigando o pão, me vem mais uma vez a imagem dos óculos daquele professor, que parecem procurar esconder algo, e o desafio de também tirar os meus óculos para melhor enxergar, para não mais ver e poder fingir que não vi, desejo agora usar colírio que tire essa trava da normalidade da desigualdade que é comum.
Daí me Senhor a coragem de tirar os óculos e usar colírio, que arda em meus olhos até que eu tenha a coragem de tomar uma atitude.

terça-feira, 30 de março de 2010

Professor


13 anos de minha vida foram divididos entre minha casa e minhas escolas, ainda não tinha me dado conta de quanto tempo pessoas que nadam eram meus, se dedicaram a mim, alguns que eu gostava mais, outros que eu simplesmente era forçada a suportar, cada um com seu jeito de ser, uns mais brincalhões outros mais sérios, psicólogos, amigos, pais, conselheiros, as vezes chatos, mal amados, cheinhos de apelidos que aos poucos substituíam os seus nomes, criados a partir da aparência e de um simples ato que não nós agradava.
Felicidade tomava conta todas as vezes em que os trabalhos não eram feitos, e os nossos professores fingiam acreditar que tínhamos esquecido em casa, ali nos sentíamos super inteligentes, sem contar as pescas que pareciam tão, escondidas, tão misteriosas mas que todos já sabem como acontece.
Mas hoje decidir falar desse ser, tão banalizado por me muitas vezes, não porque os amava de verdade,de alguns tinha pavor, mas por ter sido atraída por uma incrível capacidade de amar, de esquecer de si e colocar para fora o conhecimento adquirido de uma forma que seja compreendida e mantenha a atenção voltada para si. Amor tão grande pelo que fazem, que dão tudo de si, vezes lembra –me o palhaço,vezes o ator que independente de seus problemas, tem que encantar a platéia. Foi um pouco disso que hoje me encantou espero que Deus me dê um olhar capaz de vê as mais belas dimensões da vida.

S.O.S Sorriso


Dizem por ai que o sorriso é o espelho da alma, e foi ele que me fez refletir, ou melhor, a sua extinção.
Não temos mais tempo para nada, e por incrível que pareça estamos também sem tempo, estamos desaprendendo a sorrir. Basta simplesmente que se saia na rua, e observe a expressão da grande parte das pessoas, parece que estão com raiva de tudo e de todos, que acordaram mal – humoradas, que na verdade queriam estar sozinhas.
Desacredito que não gostem mais de sorrir, que não sintam mais prazer em dar uma boa gargalhada, só então depois de conversas com pessoas que assim vivem é que pude então entender. Na verdade o que as pessoas tem é medo, medo de que outros cheguem perto e queiram roubar o que é seu, por isso encontram na seriedade da face uma maneira de intimidar, de fazerem com que os outros mantenham distância.
E eu em pouco tempo também comecei a viver assim, logo ouvir : “ – Ande na rua com a cara fechada, que assim os moleques, tem medo de encostar em você para roubar.” .Parece que o sorriso atrai.
E andava na rua como haviam me orientado, e com a expressão que cansa os músculos da face, até que fui surpreendida por duas pessoas que parece – me andar na contra mão.
Um domingo a noite foi a primeira vez que sair na rua a noite aqui, fui participar da missa, então primeira coisa que fiz ao sair na rua, fiz uma cara de séria, de mal e sair andando sem menos olhar para o lado, ao chegar na porta da igreja avistei uma senhora já idosa que parece ter aprendido com sua experiência a importância de um sorriso, e ao me aproximar dela não segurei, soltei um verdadeiro sorrido de quem tava sentindo falta de sorrir, e ela olhou –me e falou : - Que bom que você sorrio minha jovem, tava te observando e você vinha tão séria. Fiquei desmontada e retribui a gentileza com uma sorriso ainda mais profundo.
Outro dia mais uma vez, em uma das ruas mais movimentadas da cidade, andava com a pressa que parece já ser comum, e de novo com a cara de quem ta com medo de ser roubada, de quem ta insegura na rua, sem olhar para o lado, olhando apenas para frente e mesmo assim vendo poucas coisas e uma voz desta vez, pareceu vim me balançar “Minha jovem sorria, pois Jesus te ama.” Ao olhar era uma senhor, amolador de alicates, que passa todo o dia naquela calçada e com certeza já se deu conta da extinção de um verdadeiro sorriso. A minha reação foi sorrir, mas não conseguir falar nada aquele tão sábio senhor.
E refletindo me veio a cabeça a passagem do evangelho que nós diz “ Toda vez que deixarem de fazer a um dos meus, é a me que deixaram de fazer”.
E para terminar uso as palavras de Armandinho “ A paz de um sorriso pode desarmar uma guerra”. Sorrir também é um pouco de egoísmo, pós quem da recebe muito mais.

Escolhas

Tomar uma decisão não e nada fácil, e quando esse decisão tem como uma das conseqüências um afastamento do que mais se gosta, ela se torna mais atormentada, mais cheias de “porquês” é preciso coragem, é preciso quebrar certos tabus, desafiar a si mesmo, é necessário ter fixado na cabeça e no coração que a única maneira que se pode ter certeza no que a de vim é permitir que aconteça. Não raro quando anunciamos as nossas decisões somos taxados de radicais, ouvimos logo o “será que vai da certo?”,o “ já pensou direito?” então é mais que necessário ter coragem de pagar para vê. Nunca perdendo de vista os rastos que vamos deixando, afinal a viagem é bem mais preciosa que o destino final, quando bem apreciada, e as marcas que vamos que ficam, não nos deixa esquecer que podemos sim volta e recomeçar e ai com certeza vai vim mais uma vez a duvida de que caminho seguir.
Dificilmente conseguimos ter ao mesmo tempo tudo que amamos, temos que abrir mão de algumas coisas e adentrarmos em outras sem saber muito como é, mas sempre fixando em nossa mente que é necessário “ dar alguns passos” para ter maturidade no momento de da um para frente.
As lagrimas são inevitáveis, a saudade maltrata, o medo da solidão é assustador, o imaginar o que as pessoas que amamos esta fazendo neste momento nos faz viajar, a certeza da semente lançada conforta o coração e o amor que Deus me mostra a cada dia, a cada pessoa, a cada lugar, da força para continuar a meio a tantas dificuldade e termino com uma fase do nosso Papa Bento “ Quando o Jovem não tem coragem de se decidir, corre o risco de ser eterna criança”.